quarta-feira, 1 de junho de 2011

DENTRO DA PEQUENA VALISE

 
Avultam abusos.
Entre o que come e o que escorre;
Entre o que mija e o que sobrepisa;
Entre o que entra e o que afaga;
Entre o que penetra e o que interpreta.

Irando as ilhas antes de dormir a faca coagula
O cetro que inaugura entornos assimétricos...

Depois mais abandonos.

Súbitos poetas na net descrevem o que roda,
Sem parar na noite caótica
Que brilha ao
Brilhar.
Convulsos negros
Dentro das gavetas, facas ao
Mesmo tempo dependentes do ócio.

Surras vespertinas no avulso dos ossos.
Entre as esferas biliares um olho que mira o sono
Dos deuses mortos pelo papel,
Invento sem trégua nem carretéis  de nenhuma linha ocorrem
Antes de nascer.

Os vultos carregados de neblinas
Correm, aflitos, as pandemias
Loucas de uma agulha
Caída no sangue desinfetado.

E na hora esgrimista, antes de saírem do tédio,
Surge em volutas sonoras
Um rodopio.

Os pássaros destros empilham seus mortos.

Eu reprimido pelo peso
Fantástico do éter
Corrijo
A noção do ópio.

Entre a mira  e o som dos dedos
Abro minha valise.

Dentro trago um pequeno deus

Envolto em celofane e pronto para ser devorado
Pelos meus trinta e três cabelos  mudos. 

Um comentário:

carmen silvia presotto disse...

Hey lembrei desete poema de Vicente Huídobro :

ARTE POÉTICA
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Que el verso sea como una llave
Que abra mil puertas.
Una hoja cae; algo pasa volando;
Cuanto miren los ojos creado sea,
Y el alma del oyente quede temblando.

Inventa mundos nuevos y cuida tu palabra;
El adjetivo, cuando no da vida, mata.

Estamos en el ciclo de los nervios.
El músculo cuelga,
Como recuerdo, en los museos;
Mas no por eso tenemos menos fuerza:
El vigor verdadero
Reside en la cabeza.

Por qué cantáis la rosa, ¡oh Poetas!
Hacedla florecer en el poema ;

Sólo para nosotros
Viven todas las cosas bajo el Sol.

El Poeta es un pequeño Dios.

Beijos, e seguimos.

Carmen.