domingo, 6 de junho de 2010

SOBRE O MAL

o louco-sempre ele- o que
nascera num pandemônio- na estreiteza cruz
do redobro empilhado no arsênico
depois corrigido em
óculos novos
e no fogo – fátuo que
enfatua um beijo

na fralda madura dos avós
subiu empilhado numa forma arguta
que cem vezes na penumbra
corrompera uma
ova na argila de sanguessugas

e na soturnidade uva de
uma caveira madura
repetirei
duas mil vezes
o mestre benfazejo:

- desarmai o mal.
Para que queres ela contra você mesmo?

Do livro inédito: Arcano 0