quarta-feira, 30 de junho de 2010

MENINO ESQUISITO

NESTOR LAMPROS-ACRÍLICA SOBRE DURATEX-2002

BIENAL DO ESQUISITO



Poder-se-ia falar que esquisito ser esquisito?
Sim, não, muito pelo contrário?!
É um paradoxo ser esquisito hoje em dia. Quando ser esquisito é ser normal (não pejorativamente, do normal, médio, imbecilizado), mas ser esquisito é ter a característica contrária a que todos definimos nossa sociedade, que cultiva amordaçados. Amordaçados no sentido estreito e pejorativo de fazer com que o indivíduo se notabilize pelo pior. Ou seja, de conquistar  a galhardia através da inveja, do mau-caratismo, da homofobia, do machismo, da cretinice e  sem ética.
Ser esquisito, para mim e para muitos(ufa!) e para o nosso querido Professor Dr Paulo Cheida Sans e por sua esposa-companheira Celina Carvalho, como se viu na abertura da Bienal, é ter ética, a cara limpa, de se educar nas artes, de gostar da(o) companheira(o), de cuidar dos animais, de ser e não propriamente só ter. Ser esquisito(pasmem, hoje em dia!...) é gostar da família, de gostar de ficar em casa, de curtir os amigos( não de ocasião, mas de uma vida inteira) ser esquisito é gostar de ler( bons livros) e de escrever.
Ser esquisito é fundar um museu, como o do Olho Latino. De patrocinar a Arte, nos seus recônditos e profundezas. Ser esquisito, enfim, é estar na maré contrária desses Big Brothers da vida( se é vida, isso!)
É respeitar o próximo, como a si mesmo( parodiando todas as religiões que pregam  a mesmíssima coisa).
Ser esquisito é participar da Bienal do Esquisito. É apoiar no artista do interior. Sem cacoetes e sem modismo. Para que o homem e a mulher sejam a criança de manhã. Com boa vontade e sobretudo  fé nas Artes. Na Humanidade. No futuro.

O CERCO

CERCADO PELA COBRA-NESTOR LAMPROS
DESENHO DIGITAL-2010