quarta-feira, 13 de abril de 2011

EVA


Houve trevas sobre a terra...
Nós, imbuídos em fatos, navegávamos em fronhas cortantes.
À espera sentenciamos  o armário em outro ano.
Meu dia era quase nada parecido como
uma meia lua.
Meus pés governavam meus sítios cortantes
como  o enfado as rosas murcharam nos meus cabelos intactos.

Minha presença circunvalou os anos de minha ausência sobre a terra.
Imito a dor que me consumiu na hora do almoço.
Parte de minhas voltas sobre a lua
foram caveiras inglórias.
O mestiço das estrelas terrenas sem meu amor infinito.

Permaneci coalhada na face dos abismos.
Nem na sega de minha alma meu pai me chamou.
Era um brilho que nascia de meu maior amor por ele.
Sem notar
que os filhos de meu pai se tornavam minhas unhas,
meus humores,
a curva dos seis senhores navegadores de meu frio.

E  a alma carregada de neve
foi nascer um hino.
Na prisão das minhas pernas, meu filho,
foi meu primeiro assombro,
depois outros. Depois?
Outros.
Outras.
Outros.

Enfim,  o mundo
que se esquecerá de mim
na longa genealogia dos homens.
Longas pisadas nas flores e na água,
que custaram meus cabelos e minha fronte.
Na fonte em que me banhei
e se evaporou,
como nas velhas histórias antes do amanhecer
e que ninguém mais as contou.