domingo, 6 de junho de 2010

SOBRE O MAL

o louco-sempre ele- o que
nascera num pandemônio- na estreiteza cruz
do redobro empilhado no arsênico
depois corrigido em
óculos novos
e no fogo – fátuo que
enfatua um beijo

na fralda madura dos avós
subiu empilhado numa forma arguta
que cem vezes na penumbra
corrompera uma
ova na argila de sanguessugas

e na soturnidade uva de
uma caveira madura
repetirei
duas mil vezes
o mestre benfazejo:

- desarmai o mal.
Para que queres ela contra você mesmo?

Do livro inédito: Arcano 0

2 comentários:

e1obrero disse...

Nestor, tudo bem?
Concisão nas palavras por subjetivo seja tem um nome certo Nestor Lampros.
Gostei disto "soturnidade uva de
uma caveira madura"
Let's rock!

Pedro Du Bois disse...

Nestor, bem conduzido o tema: quase vertigem, como devem ser os poemas. Abraços, Pedro.