quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

TODOS DORMEM



todos dormem
fingindo
a fuligem dos mercados

mercadorias avultam em  gerações
não  mais sabemos ir embora

as mãos seguram gelo e pregos absortos

sombras recorrem às prostitutas

o alarde da fome cumpre provocando dias

a noite é amiga fugidia
entre as árvores loucas

concorrem a pesar
pelo tempo  tempo  azul
ainda azul
azul

2 comentários:

carmen silvia presotto disse...

Há sonos sem sonhos, há vida sem cor... teu poema me inquieta.

Um beijo Nestor e sempre bom entrar aqui para te ler.

Carmen.

nydia bonetti disse...

Uma beleza tua poesia, Nestor. Uma beleza. Abraço!