segunda-feira, 28 de setembro de 2009

DR RITTES

Dr Rittes, nestes dias de primavera respondeu ao chamado.

Não mais daqueles que podia conversar com ele, mas de alguém que o conhecia como alguém que sabe entender as formas e os conteúdos da vida.

Alguém que respondesse ao seu chamado e não doesse... O velho médico. Velho, não, pois tamanha lucidez...rara numa pessoa com sua idade.

Um menino que a idade deixou correr. Alguém com que poderíamos conversar. Como um amigo.

A nossa tristeza é sem par, e o orgulho que fita o gramado em que jaz seu corpo uma mina de ensinamentos.

O que acontece? Sem dizer nada. Morreu? Foi-se?

E a Academia jaz tombada de frustração. Não esperou o 4 o FESTLIVROS. Não escureceram seus olhos por poetar? Jamais.

Ele viu como a primeira vez sua esposa se aproximar e cantar uma canção.

Tão longa como a eternidade...E viu como da primeira vez o Grande Cosmos abrir espaço em seu coração. Ele que tinha ganhado vidas. E notificado com suas palavras um solene hino de algodão.

Pleno de ternura pelas coisas que se perdem, pelas coisas que se vão. Pela natureza divina no homem. Por seu coração acorrentar-se com Maria.

E os anos se transfiguram, sob olhares atentos do novo José Augusto Rittes, em ter na sua mão, além de ter a mão de sua querida esposa, a nossa total admiração e saudades infinitas...

Um comentário:

Tim Marvim disse...

Bela homenagem ao nosso grande amigo. Por que você não envia para algum jornal? Talvez eles publiquem.
Abrçs