quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Dois Pássaros

Estava sozinho comigo quando uma brisa trouxe meu pedaço de infância... é claro não inteiramente mas uma parte de onde confeccionei um poema de rememorações...

" A brisa lambeu
minha vida
e saí pra me manter
flutuando
como uma pena, um pássaro
que sabe
quantas asas nele cabe..."

Eu tinha fixações em pássaros. Tinha inveja ao olhá-los a voar. Era um sentimento que não cabia e mim mesmo, com as duas pernas perfeitas que a vida me ensinara a andar...

Mas tudo bem, nunca menti sobre minhas necessidades de voar. Talvez um anjo safadinho esteja na minha orelha ditando essas coisas. Talvez não. O que moveu Santos Dumont é a mesma coisa que vem , agora, me cutucar.

E os pássaros nunca tiveram qualquer parcela de culpa por eu não conseguir voar.

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