domingo, 20 de setembro de 2009

DIONISO , APOLO e etc...

O teatro desde o seu início tinha como fator principal o realce da embriaguez. Embriaguez que caracteriza Dioniso, ou Baco o deus o vinho. Seu antípoda, na realidade um janus, ou face da mesma moeda, representava uma forma de apreciação do espetáculo na qual as mulheres se faziam que eram tomadas pelos espíritos dos deuses; como contra uma forma mais bem acabada de uma racionalidade( habitando a forma apolínea, de Apolo, o deus do dia, da carruagem solar) este ao contrário dos deslimites báquicos.

Hoje temos Antunes Filho como promotor da escola apolínea, da racionalidade nas conduções teatrais. Ordem e clareza, estudo pragmático. E a contrapartida, Zé Celso é o representante da escola dionisíaca.Dos excessos, do uso do corpo como fonte de prazer e a tendência de desacralização do corpo.

Isto não quer dizer que ambos não recorrem muitas vezes a empregar estilos em que o dionisíaco e o apolíneo se mesclam para formarem os conteúdos próprios de suas "oficinas de espetáculos". E estilos pessoais.

A marca principal desses dois monstros do teatro brasileiro é que trabalham com o intuito de focalizar o que estas duas tendências podem render na prática, no teatro que se permite abarcar tudo . Isso quer dizer que só tenham familiaridades com os deuses e suas características. Eles se compõem dessa maneira a oferecer ao público e os seus autores a medida básica para um bom espetáculo. Seja Dioniso ou Apolo, seja os que aderiram ao teatro do menos, de Grotowiski, ou do labor corpóreo de Antonin Artaud. E da escola realista de Stanislaviski, mesmo o a ação política em Brecht, todos almejam e não perderam de vista (o que desde no início nos gregos não era muito cotado), representou o alvo desencadeador e o rigor e a performance do fator principal numa peça moderna e contemporânea: o ator, a atriz.

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