quinta-feira, 11 de junho de 2009

SEM REFLEXAO NÃO HÁ CLAREZA SOBRE A REALIDADE

Meu amigo (inimigo?) E. ficou indignado com as “provocações dos estudantes e daqueles que estavam no tumulto”, ontem, na Cidade Universitária. Um tumulto sem comparação, com bombas de gás lacrimogêneo e excesso de violência. Não podemos calcular uma imagem e a edição de imagens quando as TVs e são à favor dos que mandam. Se alguém manda, outros, forçosamente, têm que obedecer. Este é o quilate da força bruta insuspeitada. Meu amigo/inimigo, E., confessou-me que eram “baderneiros” aqueles que estavam reinvidicando salários e em paz, até que a reitora num acesso e retrocesso e caída à moda dos milicos anteriores aos tempos das cavernas( à altura do regime militar de 1964...) mandou intervir a polícia com sua “sábia doutrina de abaixar a cabeça e mão para trás, senão...”

É fato que querem comparar os estudantes, professores e funcionários com guerrilheiros. Estavam filmando, uma emissora de TV, quando um ex-funcionário cheio de emoção disse que não era possível o que acontecia. Ele e seus parentes ou trabalharam na USP, ou eram funcionários na Universidade. Depois a câmara mostra ele sentado na frente dos policiais em comboio e chorando copiosamente, com a cabeça à altura dos joelhos,com um pano branco na mão...

Os policiais disseram que foram obrigados a fazer o que fizeram. Armas contra palavras. Alta tecnologia contra a vida. Estamos redundando em tempos em que o floreio eletrônico, sem reflexão domina mentes e corações, sem, no entanto, parar e pensar o que realmente está ocorrendo?...Para caçar gente que não é “vagaba”(como os policiais chamaram a maioria dos estudantes), Meu amigo, E....e sim quero crer que sejam gente-a maioria- de bem, e que não gostaria de ser incriminada por estar fazendo curso superior....Nem de se expor de forma deformada para conversar, ou tentar, com a reitoria sobre a melhora do ensino, que parte pela melhoria dos salários dos professores e funcionários...

É lamentável, meu amigo E., que os meios de comunicação de massa abram os braços para o governo do sr José Serra, quem mandou o coro policial atuar com a máxima premência, e com a reitora, que não pode comunicar—se, nem conversar(conversar: Cum +Versar, com a + presença de dois falantes sobre um mesmo assunto, do latim) com alunos e funcionários sem seus guarda-costas estarem no portão aberto, por ela, a fim de fechá-lo para quem de direito deve permanecer no campus. Quem é cidadão? E quem é bandido? E não quem se exercita no dia-a-dia em caçar ladrões, estupradores, traficantes, assassinos e gente da laia de Fernandinho Beira-Mar, ou algum deputado desses que gostaria até de serrar seu oponente ao meio, em meio de uma conversa informal -é assim!

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