sábado, 16 de agosto de 2008

PRELÚDIO




A cidade em cinzas contém sua ira divina. Ira de cinzas
Em que torna a armadilha.
Sob que lacre entremeia um pires com Camargos em hospitais lisérgicos.
Ou que reentrância navegam dentes na moita de eras verdes?
Sou o caldo empapuçado na penumbra da noite.
Onde escondo meus cavalos da chuva. Nos montes
Urais de minha pequena Atibaia - a dos cristais. De quartzo, ou quintzo...

Água que mente. Verde que desbota. Cume sem dentes,
Cem notas na noite. Atibaia, minha palavra que demora
Um pouco a fazer qualquer flauta...

Pura puta que se entregava nos bailes e nas formas.
Alheias ao desgaste público,
Publica sua púbis - amêndoa nos horizontes da big - litle city.
Enevoados modelos sem espermas, sem doeiras, sem engenhos, sem eras.
Atibaia, minha cidade, onde te esperas?
Além dos ratos de campana, onde assistes?
Onde resistes em ser uma mulher de boa índole.
Caterva de mãos apalpando um leão sem dentes?


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