Atibaia, primeiro de novembro de 2009. Caros alunos da escola José Alvim. De início desejo informar que na década de quarenta, no antigo prédio do Grupo Escolar, ocupei essas mesmas carteiras que ora lhes pertencem.
Numa exposição de fotos comemorativa dos cem anos de ensino nesse estabelecimento, me vi de calças curtas e diploma na mão. Peço licença para saudar a memória da professora Teresa Marcílio, cujas lições de vida me ajudam sempre.
Assim acontecerá com as novas gerações. Guardem no coração o tempo presente, vivido ao lado de pessoas interessadas no progresso de cada um dos discentes. Enfrentem, pois, ao amanhã sem nenhum temor.
Agora, quero informa-lhes que li com muita atenção os textos a mim endereçados, em razão de um artigo que publiquei no Jornal da Cidade, com o título de “ Que futuro nos aguarda” . Gostei intensamente dos comentários, principalmente porque revelam amadurecimento e independência na maneira de pensar.
Parabéns. Questionem sempre. Tomem decisões só depois de bem analisar os assuntos postos pelo cotidiano, principalmente os que invadem a nossa casa através da televisão. Não aceitem que estranhos daninhos decidam pela gente. E, se alguma idéia os convencer, defenda-a com unhas e dentes. Não se intimidem.
Lembremos que a cidadania não se compra em supermercado, nem devem ser embalada pelos anúncios da telinha. Da nossa postura consciente dependerá a felicidade dos homens e das nações.
Jamais abdiquem do humanismo, motivados por vantagens fáceis e desonestas. Não caia no conto dos que estimulam a guerra para vender armas e munição para ambos os lados do conflito.. “ Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela, de fazê-la uma aventura maravilhosa” (Charles Chaplin)
Nos dias atuais, entretanto, o mundo sustenta mais de 40 guerras localizadas, inclusive a do Rio de Janeiro. Ali o povo paga a conta e de quebra é atingido pelo chumbo quente do cinismo. (Entristece-me saber as bombas em poder das grandes potências econômicas, se detonadas, destruirão o planeta três ou quatro vezes).
A indústria bélica fatura bilhões de dólares. Aos que trabalham honestamente os governos reservam modestas quantias. Nunca há verba para os serviços públicos.
Entendo, que a violência urbana é antes um problema social , que não se combate com tiros de grande poder de destruição. A truculência é a matéria prima das ditaduras. A criminalidade, nas democracias, se resolve com largos e sábios investimentos em Educação e boas oportunidades de trabalho.
De outro lado, não se assustem, por favor, quando se depararem com pessoas que defendem as políticas que rejeitamos. É claro, nunca confessarão os interesses escusos. Esse tipo reage através de mentiras, distorções e ênfases em fatos isolados e sem importância. Discutem pessoas em vez de teses. A nossa resposta consiste em nunca desanimar diante da pressão dos feitores. .
Despeço-me na limitação deste espaço, na esperança do reencontro para a troca de informações úteis para todos.
Um grande abraço para a Denise, Larissa, João Pedro, Igor, Dahejan, Érica, Thaissa, ,Cristina, Caroline, Fabíola, Davi, Bruno, Rafael, Nayara, Luana, Aila, Daiane, Ronaldo, Henrique, Daniel, Augusto, Nicolau, Letícia, Stefhany, Breno, Karewn e Gabriela, do Gilberto Sant´Anna.
De cartas em cartas, fazendo-se a cidadania ser coroada. Pelo Gilberto Sant´anna, nosso colunista de Atibaia
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