todos dormem
fingindo
a fuligem dos mercados
mercadorias avultam em gerações
não mais sabemos ir embora
as mãos seguram gelo e pregos absortos
sombras recorrem às prostitutas
o alarde da fome cumpre provocando dias
a noite é amiga fugidia
entre as árvores loucas
concorrem a pesar
pelo tempo tempo azul
ainda azul
azul