A anônima no chão: ela pergunta?
Ela dorme? Seus pesadelos em seus olhos são exatos?
O concreto e as pernas armados a dissolvem
estes mesmos que à distância se distanciam condenando.
Pobre e rota, mãos escuras, alquebrada língua,
litros de secura, orgulho nulo, viés e mau agouro.
Aumenta o quadro o riso sardônico alheio
que a faz um quadro mais taciturno, fundo e espesso.
Um gemido... – no chão citadino e sem escolhas
provoca o desdém, além de alguém e o mal de todos.
Miram-na no solo, na vida, que nasceu abandono;
no suspense sujo de uma ninguém que ninguém perdoa.
Estranho pendor de ser além de tudo aquém de nada,
carne com tremores e ciclones no corpo faminto.
Sim, este espaço é desta mulher, que, completa,
tem seu lugar como lápide da cidade com a boca cerrada e aberta.