quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O ROSTO DO CAPITÃO: SORRISOS VERDES E NÃO VERDE-AMARELOS

É interessante notar o sorriso contínuo de nosso Ronaldinho Gaúcho. Sempre a sorrir. Senão deu uma forma imprevista em face da derrota, pior ainda em face de uma vitória não- convincente.

Quem poderia falar para este jogador que ele deveria sorrir, não quando as câmeras o focalizassem a todo o momento e sim, quando uma genialidade qualquer o faria tecer na trama do campo o gol ou a jogada que poderia ser aquilo que todos dizemos de “genial”.

Há muito que o nosso capitão não edita uma jogada, não corre mais do que os zagueiros adversários para distribuir genialidade aos seus, à torcida que torce por ele. A fonte secou? Ele tem só 25 anos, mas está tão caquético que Pelé, ou mesmo Maradona, acima e muito do peso, ou da idade, lhe dariam um baile.

Há muito que não jogava. Há muito que ele se serve de uma imagem residual que muitos de nós- e o mundo- temos dele: a imagem de alguém que driblaria por driblar mas nunca faria o gol por fazer... estou errado, faria por mais um contrato, com mais merchandising, e mais exposição na mídia.

Está fora de forma. Mas a genialidade supera tudo? Não, sem o mínimo do esforço e da dedicação a parte técnica fica acinzentada pelo aspecto físico. Sem resistência como correr, dar piques, acontecer? O nosso Ronaldinho Gaúcho está em vias de desaprender a jogar pelo mínimo esforço. Esta lei que já tirou outros do gramado, como o caso do eterno contundido, Ronaldo, o dito “Fenômeno”. E não é só: está a ponto de colorir de luto a sua torcida, e não é mudar de time ou de ares que vão lhe dar proximidade ao mito que já foi a pouco tempo. O que resta é um sorriso. Meio amargo, mas sem nenhum sabor. Melhor para as imagens, pior para o futebol, que cada vez mais é mais carregado de burocracia e mesmices.

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