ao neres em sua ampulheta cinza-mediúnica correlata quando xangô
voou-e eu vi
I
em seu reino – devedor de agendor/xangô-rompeu
a porta clara de
clarezas prenhes desculpas em sua
porta em sua porta sem aberturas
sem portas de portais inaugurando a face rubra mais face
que a escura lua dúbia
esta quase
nenhuma porta já se encontra encosto
do corpo chave do mundo
e suas aberturas de machadíases duplas
nascendo ao merecer na porta escura da dupla fórmula
madura
na rua em que a
casa inspirou –se - lhe em curvas - trevas
em sua mão dupla em seu nome-nenhum- de neres
II
todos
nascimentos planos em um cão
como cobra
como o cão ainda urdido
em suas luvas -poetando neres - nenhum de nós as veste
(cobra)todos procurando uma fresta quase reta quase única
quase
plurais aumentos
se viu a porta em nenhuma situação com a força renascida
com a força das entradas
tragadas pelo uso
de pedradas em pedradas
morto a cobra custa
renascendências em cães argutos
III
raios podem e
pedem ao negro xangô:
“voando entre mil milmilicos
entremeados em muitos porões
cotejando re- nerentes
re- neres re- nereu
em seu real re- vértice
a si ― para
sempre o seu rei
sou eu ”
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