Disseram-me que Nestor Isejima Lampros
era um segredo:
por fora lance lancinante,
por dentro uma folha
sem árvore por dentro.
Depois de pesquisar,
depois de nascer,
depois de morrer, entre lanças e ricochetes,
reautonomizo a palavra.
Espero
que a definição
mais próxima
e exata seja
a de uma noite
numa
estrada.
Pessoas existem para ficar
de olho
no olho
nuclear.
E sentindo a
variação
discordante
nascer sem dentes
é muito cortante.
Sorrir não é tudo.
Precisamente
sorrir
do absurdo.
É sacolejar no rumo
avesso dos mundos
dos mudos
e dos surdos.
De tudo que lhe dei
O que ficou?
Não sei.
Sei que fugiste
ao mirarmos
a parte
que nos abre.
No fundo
do poço
a neve é entulho.
E fundamentalmente no fim
de tudo
Quem nasceu?
Não sei. Lascas de pedras
Rompantes de canções
e música desnavegando
De tudo que ficou
não sei resumir,
e tudo se perdeu no lastro
de me contrariar
no centro
de absurdos
que não sei.
Sei que fico ouvindo
cavalos alados e canções aos sábados.
No fundo de uma floresta de agrados.
O eu sei?
Não sei.
Dormir
é mais sábio,
mesmo em
instantes,
mesmo em
estantes.
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