Há mais que um forte clamor de transtornos
neste cavalgar dos quatro cavalos.
Seus cascos rebrilham em tons nada claros,
tens já em tua mente as cores e os nomes?
Toda a relva desiste de vida.
Toda vida é silêncio e clausura.
Todos os sons, segredos, sepulcros.
Tudo completo, enfim, tudo escuro.
Quatro bandeiras, quatro promessas,
quatro pensamentos, quatro discursos.
Quatro adeuses, acenos encobertos,
quatro mistérios cavalgam o mundo.
No teu quarto aparente e seguro
só com teus olhos se surpreenderias
se com teus ouvidos avistasses os galopes,
os galopes, os galopes já em teus corredores.
Não mais ao longe, na distante Beirute;
China ou Coréia, Senegal ou Rússia,
mas no meio de ti, na corrente profunda,
no sutil e diário passear do teu sangue.
Um comentário:
Que belo Poema, Nestor!
Um abraço carinhoso.
Carmen Silvia Presotto
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