sábado, 16 de agosto de 2008
AMORE
Eu a amava, mamava, debutava, sorria, descarava, socava, roubava, dormia, matava, sonava, mentia, morria e voltava. Poesia.
Ela esperava deitada. Eu estava nu, comia bolachas de champagne, sorria das flores. Estava meio bobo, com asas novas...Entre nós uma vida. Borboleta de bordoadas. Variadas mortes. Nuvens de algodão, servindo – nos. Depois, depois, depois.
Voltava à terra e nascia um labrador, e chafurdava a lama, na sua cor de terra original e espumas híbridas Para sorrir um verme, meu amor de ventos. No céu de Camões e as estrelas que nos vestiam de blues. Um dia em que vivíamos na cruz. Que não sabia onde terminar, se no começo ou no fim das luzes desertas. Estrelas das pernas intocadas, músicas e sons do mar. Sons altos de oboés e dias inúteis de tons vermelhos: vermelho fogo, vermelho - chama, vermelho - frio, vermelho - canção, vermelho resina de dragão nas vestes flamantes...
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