domingo, 30 de junho de 2019




                                  MINHAS CENTELHAS SOBRE A CIDADE


Como se os olhos fossem  máquinas que empunham sombras,
Cheias de paz, nas redobras do espaço-tempo,
À força de uma água boa de beber
E na altitude estranha dos desertos em chamas,
O sol, crucificando  vozes, desvendam nossas camadas na cidade,
Revelando a visão das últimas sandálias do meu centro permanente.
Na  minha igreja do rosário amarelo arrematado, fortificando um amigo
Mais do que idealista −  o Osnírico, o visionário – vivo e  envolto em chuvas,
Refundando minhas invisibilidades, na minha última ceia, primeira.
Vejo minha mãe cozendo calendas em sua casa, nas efemérides, sob olhares
Vagos e presentes de Yndiara Rosa Macedo e Thais Helena,
Nos mais longos trajetos na escalada do raro progresso feminino,
E são asas contristadas de forma mágica  em encontros vitais.
Na contestação exata destes hospitais insanos
Desalmados, na sua procura atibaiense,
Dr Maurício, nosso amigo, ainda me conclamaria às doses de Olanzapina,
E as subprefeituras descobririam nessa minha imagem opaca,
Ao me escavarem, apresentando-me os dias e todas as noites dissidentes.
E para aferirem  flores, morangos, bom odoris, Isumis
- Bastará plantar os meus contornos citadinos autodançantes,
Em Gersey Pinheiro, em Lukas Lampros, e José e João, na arte
Desenvolta indo além de sonhos, senhas, formas − em paisagens−,
Sem que isso nos desatem em nos constranger, ao menos,
Em reconhecer, depois dos chuviscos tristes dos Congos e das Congadas,
Nos tempos vindouros em sistemas nervosos, os colapsos.
De chuvas de pedras britadas, corpóreas nos lares de nossas serenidades,
A encantação dessa nossa cidade nos poros em desilusões transparentes.


Nestor Lampros, inédito

domingo, 18 de janeiro de 2015

PELOS SEUS FRUTOS OS CONHECERÃO



Partido
e criando
um mundo
de facas

Relance:
de onde
a aflição
acoplada cavalga
em
ondas cativas
e faz
foices
e martelos
soarem
bigornas
no coração

E estacionar
as embarcações
privativas
de luxo

E mentiras
sobre
os rostos
de homens,
goches
de
ocasião


domingo, 2 de novembro de 2014

A significação humana nas obras de Nestor Lampros




“O vento nada pode aprender da cidade”.
(provérbio Árabe)


            Nestor Lampros parece olhar e não enxergar a aparência do supérfluo. Seu olhar é penetrante e atinge a essência, a vida, a alma... Creio que isso me levou a prestar a atenção em sua produção artística. Uma pessoa aparentemente calma e educada, com um certo ar de humildade, o que hoje é uma verdadeira riqueza, considerando que entre os artistas, geralmente, o orgulho e a exibição falem mais alto.
            Nestor é cativante ao se envolver no mundo artístico. Aliás, o seu mundo artístico está em simbiose constante com o mundo real. Para ele, fantasia e realidade comungam do mesmo bojo: o da vida.
            O seu olhar, aparentemente distante, é penetrante ao sentir o mundo. Reflete o seu dia a dia por meio das artes plásticas, da poesia e do humor, esboçado em charges, caricaturas, quadrinhos e em ilustrações diversas. Para ele, o metier das artes vem de longa data por ter em seu seio familiar a presença de pais com sensibilidades artísticas, Lukas Lampros e Hissae Isejima. Seu pai, Lukas, recebeu homenagem por sua carreira como artista, mostrando suas pinturas no 16º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia. Um importante e merecido reconhecimento.       
            Nestor, desde criança se habituou a conviver com tintas e materiais artísticos, sendo incentivado pelos pais a desenhar desde tenra idade. Atualmente, aos trinta e sete anos, já tem uma carreira consolidada e merecedora de destaque. Estudou com Edson Antonio Gonçalves, Sara Beltz, Paulo Monteiro, Cândida e Júlio Torres, entre outros, e freqüentou o ateliê de gravura do Instituto de Arte e Cultura Garatuja. Fez pós-graduação em Arte-Educação na FAAT - Faculdades de Atibaia e é formado em Letras na FESB – Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista. Tem constante interesse em se manter informado e atualizado. Fez capa de livro para a Prefeitura de Atibaia, ilustrações para a revista Cult, para o jornal Atibaia Hoje e para outras publicações.
            Como artista plástico, participou de várias mostras, recebeu prêmios, como a “Menção Honrosa” no XVI Encontro de Artes Plásticas de Atibaia, em 2007, e a “Menção Honrosa” no Concurso “Yolando Malosi”, também em Atibaia. Suas obras circularam por vários locais expositivos, inclusive constaram do cenário da novela do SBT “Jamais te esquecerei”, exibida em 2003.
            Enfim, o seu currículo ilustra várias participações, como o projeto L.A. Atibaia Art Exchange, exposto na Galeria do Consulado Brasileiro, em Los Angeles, Estados Unidos, em 2008, e a mostra “Cinco vozes do Brasil”, realizada em Gênova, Itália, em 2005. Nota-se, sobretudo, a sua evidente ligação com a cidade onde reside, Atibaia.
            Não poderia ser diferente. Nestor, antes de tudo, é um artista que reflete à sua volta e o seu dia a dia soa como fonte substancial para a sua criatividade. Seus estudos fortalecem o seu conhecimento, mas o seu cotidiano reforça a sua alma e é por meio desta última que veicula a essência de suas obras.
            Poderíamos, numa análise apressada, situar a sua produção com um enorme parentesco com Picasso, principalmente na série de estudos para Guernica, perceber a presença onírica de Chagall, num clima de sonhos e até mesmo as abstrações de Kandinsky, cujo foco é o de transmitir a espiritualidade das “coisas”. Claro que a somatória de conhecimento exerce de algum modo um magnífico alicerce para apoiar novas criações. Foi assim com Portinari, que soube muito bem tirar proveito de sua viagem ao exterior e conhecer o cubismo e outras vertentes artísticas que culminariam em somatória para compor a sua obra autenticamente brasileira.
            No caso da produção de Nestor, o sua ideário conduz à rapidez do instante, captando o momento fugaz. Sua mente é sonhadora e poética, ferve com a realidade. Faço valer o pensamento de Gaston Bachelard para as obras de Nestor, quando diz: “Um sonhador, unido tão fisicamente à vida das coisas, dramatiza o insignificante. Para tal sonhador de coisa, tudo tem uma significação humana, em sua minuciosa fantasia” ¹.
            Nestor é o artista da fantasia, para ele nada é insignificante, tudo pertence à esfera da vida e tem o seu próprio valor e necessidade. Por isso, o artista consegue num simples retrato, digo simples no sentido de montagem de cena, ou seja, o artista consegue mostrar, ao criar uma “cabeça”, muito mais do que mencionar detalhes e outros artefatos desnecessários. A representação de um rosto diz muito sobre a ansiedade, a frustração e a esperança. Transmitir o instante é a sua poderosa arma criativa. Mas não se trata apenas de registrar um breve momento. Suas obras são instantes, que emanam o passado e o presente ao mesmo tempo. Elas ligam o tempo.
            Para esboçar um breve ensaio sobre a produção artística de Nestor Lampros, escolhi algumas obras que, ao meu ver, traduzem sobremaneira o seu contexto de criação como um todo.
            O artista é versátil ao lidar com os materias. Pinta com tinta óleo e acrílica sobre tela, madeira, papelão, faz colagens e desenha sobre materiais diversos. Para ele, o importante é que sua obra possa nascer naquele exato momento, sem delongas, projetos e estudos.
            Antes mesmo de começar a expor, fato que aconteceu a partir de 1990, o artista já mostrava o seu modo estilístico em seus trabalhos. Na obra “Estigmanizante”, de 1989, a expressão da figura é salientada por uma espécie de musculatura, ao tempo que volteados coloridos que a formam, tecem caminhos e valorizam o estado de devaneio que ela transmite. Assim como em “Meu Pai”, obra feita no mesmo ano que a mencionada, mostra esse volteado, como um modo de o artista evidenciar a estruturação física do retratado.
            É importante observar que o que digo aqui como “volteado” é uma espécie de grafismo que vai ser acentuada com mais presença em sua produção posterior, sendo que vários de seus trabalhos chegam ao abstracionismo, graças a sua facilidade de compor plasticamente com tipos variados de faixas, que ora são feitas com pinceladas largas, ora são finas com traçados próprios de um exímio desenhista. Registra essa habilidade mesmo quando pinta.
            A partir dos anos iniciais de 2000, Nestor desenvolve o seu traçado como contínuos arabescos, usando geralmente o preto. Muitas vezes estes sobrepõem outros feitos em branco, que sintonizam com o fundo colorido.
            O seu traçado é uma evolução conquistada, sobretudo, pela feitura de colagens. Não é simples, embora espontâneo, tem uma sequência que se enraiza de modo multidirecional, conforme a estrutura das formas contidas no plano de fundo.
            O interesse pela escrita e arabescos árabes fortificou o seu traçado, feito, geralmente, com linhas contínuas, sinuosas, como se prolongassem criando ramificações. O contato com o amigo e artista Vinicius Berton e a empatia com a obra do artista goiano Siron Franco aguçaram a sua apreciação para obras “viscerais”, cujas fontes criativas são de cunho imaginário, permeiando um mundo mágico, repleto de bichos, seres e paisagens inusitadas.
            Os arabescos de Nestor sintonizam com formas que aludem ao primitivo e aos desenhos das crianças. Nesse sentido, pode-se perceber que o artista paira suas criações no âmbito do encanto “pueril”. Encanto este que concebe uma criação em harmonia com a descontração do "mundo" primitivo e da autenticidade da criança.
            Nestor admira a obra de Karel Appel. Este artista holandês morreu em 2006, participou da fundação do Grupo Experimental, em 1948, unindo-o com o Grupo Cobra no mesmo ano. Desenvolveu uma arte espontânea em oposição à repressão dos anos da Segunda Guerra Mundial. Seu modo de se expressar artisticamente era uma tentativa de resgatar os elementos tradicionais da cultura primitiva e a identidade cultural de seu país, que estava sofrendo uma mudança avassaladora diante de uma crescente industrialização. Pintava "instintivamente" como uma criança, utilizando cores vivas e traços grossos. Valorizava o imediatismo em oposição ao excesso de teoria e de métodos presentes na arte européia da época, contrariando a tendência mais racionalista da arte abstrata, que tinha o artista Piet Mondrian como um de seus expoentes ².
            Nestor parece aliar, com características próprias, o seu gosto pelos arabescos árabes e pela obras de artistas como as de Appel, que mantém a “soltura” primordial do traço e da pincelada.
            Os traçados estão mais evidentes em sua série de desenhos feita em 2003, cujas distorções despojadas, compostas por um entrosamento entre o claro e o escuro, mostram rostos que se consubstanciam com a amargura.
            O seu estilo é inconfundível. O seu traçado participa da pintura, constratando com áreas pintadas e enaltecendo a figuração. O artista constrói um peculiar momento pictórico, como nos mostram as obras “Casal I” e “Casal II”, ambas de 2004 e outras do mesmo ano.
            Na “O gorgeio do pássaro”, de 2005, o menino travesso está com o ouvido ávido à escuta do canto do pássaro, que por sua vez, gorjeia e tenta transmitir um suposto segredo. Esta obra traduz a ingenuidade e naturalidade de criação que Nestor consegue trazer à luz, fazendo valer os contornos escuros em sintonia com um colorido vivo, sendo valorizado com a sobreposição do branco.
            Do mesmo ano, a obra “Cuidados” mostra a atenção do casal com a criança num mundo poético noturno estrelado e esperançoso. Esta obra traduz o amor entre pais e filho. No âmbito da construção compositiva, a área branca e as linhas de contorno ocupam um momento essencial da concretude criativa.
            Esses valores inerentes à sua produção são evidenciados com maior ênfase nas obras: “6”, de 2005, “A árvore da vida com um anjo rondeante”, de 2007, “Cabeça”, também de 2007 e “Desenho no desenho”, de 2008, cujas construções de planos e uso das cores reforçam um esquema próprio do artista ao lidar com a pintura e o grafismo, que emanam uma certa musicalidade, graças ao ritmo de suas pinceladas.
            Na obra “Harpia”, de 2008, Nestor enfoca o poder maléfico da figura alada. Esta é raptadora e atormentadora. Simboliza o vício e as paixões obcecantes. Nesta obra, o artista parece confluir toda a sua sabedoria expressiva num só “instante”: cores, formas, composição e “simplicidade”. A simplicidade como força expressiva é, sem dúvida, a sua maior marca. É a virtude inefável de um poeta artista.
            Para ilustrar a sua obra, recorro ao poema ³ do artista mineiro Fernando Pacheco:

            Eu peguei o vermelho
            e pintei de amarelo.

            Eu peguei o azul
            e pintei de preto.

            Eu peguei o cobalto
            e pintei de cádmio.

            Eu peguei minha cara
            e pintei de espelho.

            Assim vejo as obras de Nestor Lampros: são “um sonho repleto de significação humana”.



                                                                                           Paulo Cheida Sans


Referências Bibliográficas:

(1)  BACHELARD, Gaston. A chama de uma vela. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1989, p.48.
(2)  SANS, Paulo Cheida. Karel Appel, o artista que pintava como um bárbaro. Revista Olho Latino nº 7, maio 2006. Disponível: http://www.olholatino.com.br/revista/arquivo/2006/mai/8/karel.htm
Acesso: 27 de dezembro de 2008.
(3)  PACHECO, Fernando. Fernando Pacheco. Belo Horizonte: C/Arte, 2005, p. 09.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

O RIO MAL ALKIMINISTRADO

                                           
Tinha uma tia que abriria os olhos se a noite não  os fechassem. Era uma tia que corria de todos que nela tinham como alguém que gostava de um tio que não tinha mais nenhum tio, sequer qualquer outro. Esta tia era a alegria das tias. O nome dela era Maria Eulália, a tia que gostava de correr e correr até o fim da linha, até o fim do mundo.
O nome do seu sobrinho era Raimundo. Era um sobrinho sortudo-queria que a tia lhe desse o mundo. Raimundo pensava que um dia sua tia lhe daria tudo. Tudo é mais que o mundo. Tudo é oposto de nada. Tudo seria tudo se seus dias tivessem uma tia como a minha, tia Ruinosa, que gostava de tudo e nunca me deu nada. Nem riso, nem risadas, nem doce, ou abraço apertado-nada...
O Raimundo passava horas pescando num rio imundo. As águas desse rio eram bem sujas, bem imundas, bem cheias de tudo, na vaga de nada. Minha tia que sabia bem mais do que o nadador Joel Asclépio, mirava este rio, mirava o Raimundinho que estava à beira do rio que era algo desumano. Este rio de águas paradas parava de conter a vida e continha tantas coisas erradas que dava medo. Era absurdo. Era um rio que se chamava Alkiministrado do Lado Cego do Rio.
Minha tia Ruinosa ao notar que o rio continha mais do que podia, inventou um dia uma palavra para fazer de conta que o rio de águas paradas poderia ser um rio de águas...- mudas. Estas águas eram mudas porque não mudavam: passavam os dias, a minha tia, a tia de Raimundo, Raimundo, Joel, eu- e as águas não serviriam mais para nada. Por isso mudo é  a palavra que na boca da gente que não concorda com um mundo melhor, sem palavras cansadas, muda pouco-muda nada...
Minha tia que nunca me dera nada,  seguia contando pelos cantos de todos os lugares que estava, tudo que não saberíamos ao saber que ela saberia ao contar.  Por isso disse a vocês que minha tia, que corria como uma corredora, que corria como alguém que contava vantagens, era uma acorrentada ao fim do mundo( ela tinha inveja da corrida da tia de Raimundo, a Eulália). Esta minha tia, acorrentada à palavra errada, nunca saberia desejar algo melhor do que falar de forma errada de uma coisa errada, de um erro cometido, seja de Raimundinho, seja de alguém.  Eu como me viro, como me tenho mais vivo, tenho que correr das palavras de minha tia Maria, que querem me acorrentar também. E tentava correr para mim na corrente daquelas águas paradas, sentindo melhor do que a gente que tem confiança em águas que nos lavam, levam e explicam. Secas de segredos, secam a boca dos desesperos.
E então, concorrendo com as palavras certas, na hora correta, sem meias palavras, com a alma certeira e extenuada de quem vê  o errado para consertar algo errado, junto ao certo, de uma certeza exata e nunca pendente, plantei à beira do rio morto uma floresta escura, uma floresta escura sem pássaros, sem relva, árvores, bichos. Uma floresta que se chama povo, que tinha gente, era pouco, mas era o que se aceitava. Uma cidade, mediante a água, tia Maria, Raimundinho, Joel, e eu- criamos sem querer uma cidade. Pois tia Eulália, a  tia de Raimundo, havia secado como as roupas, como as enchentes, como as ribanceiras sem água, desaguadas em águas recorrendo aos vazios das nunca aguadas, dos pensamentos que se formam, como nuvens estáticas.
E passamos a viver- ou pensar que vivêramos- da pura e terrível forma-  e de fórmula em fórmula errada. No fim do mundo, da corrida, da pescaria, da natação, das palavras desdentadas, que pediram um salário dentro e fora da cidade( por que me veio a palavra s-a-l-á-rio?). E se multiplicava esta, na dúvida e precaução de ocorrer de forma certa a forma sempre errada. Uma real tal remuneração. Esmola por princípio e fim de todos. Um por todos e poucos por um. Num dia em que se  acabou com todas as florestas, a água muda, sem mudar- as palavras fluíam dentro e  fora de nossas bocas, andando, rastejando pelos ombros de um mundo inchado de peixes, que queriam respirar, cuidando em ficar bichados-este mundo que de velho já não cabia mais nada. E nós com problemas, tias, tios, sobrinhos, todos continuávamos parados, com todas  as bocas dentro de nós, buscando enxadas para matar a hora. Para nos abortar. Nos trincos destes dentes que, parados, permaneciam, frente às águas inexistentes. E sem querer, utilizavam cada qual  muitas palavras para fazer o Raimundinho sorrir dos peixes mortos, de nossa tia calada. De nosso nadador outro, de nossas palavras acabadas.
De mim? De conseguir entender o povo, a floresta a cidade, as enxadas cegas, estes que me detestam e minha tia por precaução me deu ainda um abraço, ainda um abraço. O único ainda sem abraço... Nada. Em me detestar ainda mais ao desabraçarmos. Para batizar o mar seco, sem águas, num verbo calado, desafiando por se passar a aceitarmos, desafogados, mas rejeitamos, mas compelimos aceitar, mesmo sem dar o troco desse rio alkiministrado, dessa seca sem verbo, deste estado com sede mas que reelegerá as águas. Paradas, para todo o sempre. Eleitas, para um novo ex-trago de 4 anos,  complexo e errados, EM 12 ANOS.


Nestor Lampros ( ouvindo Philip Glass )

segunda-feira, 14 de julho de 2014

PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DO ATELIER LAMPROS EM ATIBAIA, NA GLOBAL PAPELARIA-SÁBADO, DIA19 DE JULHO, ÀS 16:00H















PESSOAL, AGENDEM: DIA 19 DE JULHO, ÀS16:00H(SÁBADO) MEUS ALUNOS IRÃO MOSTRAR OS SEUS DOTES ARTÍSTICOS. REALIZAREMOS, NA GLOBAL PAPELARIA, UMA EXPOSIÇÃO COM SEUS TRABALHOS EM HQ E MANGÁ, DESENHOS DE OBSERVAÇÃO E CRIAÇÃO. VAI SER UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA SE VER O QUE SE PRODUZ EM MATÉRIA DE DESENHO EM ATIBAIA! ESPERAMOS TODOS VOCÊS POR LÁ!

ALUNOS: IAN, VINICIUS TEODORO, MARCELO MARES GUIA, VINICIUS VERZA, DOUG, LAURA , BIA, DAVI SUKAGAWA, ALYSON, JOÃO VITOR E MARIANA

PROFESSOR: NESTOR LAMPROS

Dia da exposição: dia 19 de julho de 2014, a partir das 16:00h
LOCAL: GLOBAL PAPELARIA

Av São João, 203 - Centro, Atibaia, SP | CEP: 12940-260 

Fone: 44124901

quarta-feira, 2 de julho de 2014

SOBRE A EXPOSIÇÃO INTROSPECTIVA

A exposição “Introspectiva-30 anos de pintura de Nestor Lampros” foi uma grande experiência: alargou nossos horizontes e nos fez ver que a caminhada é árdua, mas os frutos são belos e valiosos. Aos amigos que foram, o nosso agradecimento pelo carinho e dedicação. Aos que não foram o agradecimento pelas lembranças e pelas mensagem de incentivo. Saber que eu como pintor contribuo para o enobrecimento da atividade tão rica e que, portanto, desempenho um papel relevante na sociedade, pois formo com a minha visão, transfigurando o mundo e as coisas e as pessoas pela forma peculiar com que organizamos os espaços, as cores e volumes, é algo que me alegra e me faz continuar. E me dá ânimo e me motiva para todos os dias andar com a esperança de que o nosso país seja num futuro um expoente das artes, assim como o é no futebol.

Nestor Lampros

domingo, 29 de junho de 2014

Começa dia 28/06 a exposição “Introspectiva” do artista plástico Nestor Lampros.


Começa dia 28/06 a exposição “Introspectiva” do artista plástico Nestor Lampros.
A exposição é uma celebração dos 30 anos de carreira de Lampros, que começou a pintar aos 13 anos, seguindo os pais de seu pai, o Uruguaio Lukas Lampros, também artista plástico.
Lampros nasceu em São Paulo mas foi criado em Atibaia, onde passou grande parte de sua vida e onde trabalha como professor de Artes daquele Município e em seu Atelier, no bairro Atibaia Jardim, onde leciona, além de Artes, História em Quadrinhos tradicional e Mangá. Lampros reside em Itatiba desde 2011 com a esposa Yndiara  Macedo, escritora premiada  inclusive no Mapa Cultural Paulista/2010. Nestor também é poeta premiado  e em 2012 lançou o livro Roupagem Leve, vencedor de um Edital de Literatura promovido pela Estância Municipal de Atibaia, lançado pela Editora Patuá.
O Artista já fez exposições em Itatiba, Atibaia, São Paulo, Los Angeles e Gênova, além de sempre participar de Salões de Artes, em muitos dos quais foi premiado. Sua maior influência vem da Arte Modernista e Surrealista, das quais Lampros é grande apreciador. Entre os artistas que mais inspiram seu trabalho, Lampros destaca Miró, Francis Bacon, Picasso, Dali, Paul Klee, Hieronymus Bosch(este, pintor medieval), e  Siron Franco e João Câmara(ambos brasileiros), muito embora o artista tenha desenvolvido seu estilo próprio, cujo forte são o trabalho com as cores e o  permanência constante e contrastante entre o sonho e realidade social. Toda a obra do artista convida o público a um mergulho no onírico e abstrair daí a realidade interior de cada um.
“Introspectiva” é uma mostra composta de 50 quadros e cinco esculturas que propõem um panorama dos 30 anos de trabalho artístico de Lampros. Também é um convite ao universo criador do artista, que escolheu as obras mais expressivas de cada fase de sua carreira, sob a orientação do curador e também artista plástico, o paulistano Vinícius Berton.
A exposição conta com apoio cultural e patrocínio da SODIÊ DOCES, ITA ODONTO, DROGARIA SÃO MATHEUS, APPETITO,  AGROPECUÁRIA PRESENCE E MEGA LOTÉRICA ITATIBA e  estará aberta ao público no Museu Padre Lima, na Praça da Bandeira, em Itatiba, de 28/06 a 27/07. A abertura será no dia 28/06, às 16 horas, com apresentação do músico Atibaiense, Silas Natanael, que inclusive musicou um dos poemas de Lampros, especialmente para o evento.
LOCAL: Museu Padre Lima. Praça da Bandeira, 122 – Centro – Itatiba - Fone/fax: (11) 4524-1264 – Horário de Funcionamento: Terça a sexta, das 9h às 18h.
Sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h.
PERÍODO:  28/06 à 27/07/2014

ABERTURA: 28/06/2014 ÀS 16 HORAS COM APRESENTAÇÃO DE SILAS NATANAEL ( VOZ E VIOLÃO)